terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Ana Fadigas fora da gaveta

A jornalista Ana Fadigas trabalha muito, apesar do sobrenome (credo, que trocadilho horrível...). Ela foi a fundadora da revista "G Magazine" e abriu caminho para a criação e consolidação de um mercado editorial gay consistente no Brasil. Visitei Ana na redação da "G", em São Paulo. A conversa fluiu, a fita acabou e boa parte da entrevista acabou, como sempre, indo para a gaveta.
Confira um trecho inédito:


Foi complicado conseguir anunciante no começo da "G"?
No início não tinha nem vendedor. O pessoal da própria "Sexy" (outra revista fundada por ana Fadigas) ia atrás de saunas, boates...A primeira revista veio carregada de preconceito, até meu. Ao colocar o primeiro homem nú, eu falei: ‘Não, pênis ereto não! Vai chocar muito’.

Qual foi o primeiro ensaio?
Eu não lembro. Mas o primeiro famoso foi o Mateus Carrieri, que mudou a vida da revista.

Você ficou constrangida no primeiro ensaio?
Não, eu nunca participei. Eu estragaria tudo, ia querer dar palpite; 'põe a bunda para lá, põe a bunda para cá' (risos).

Qual a maior dificuldadede em fazer o nú masculino? É a ereção?
Nas primeiras vezes, eu tinha sensação de que estava fazendo uma revista mais pra mulher mesmo, apesar da minha ligação com esse universo gay muito forte. O pai dos meus filhos é gay, então eu tinha uma ligação carinhosa, de proteger. Mas aí eu entendi que pinto é pinto, e tem que estar duro.


Qual foi o grande momento e o pior momento?

O grande momento foi quando o Vampeta saiu (pelado). Saímos com uma tiragem muito acima de 100 (mil). Hoje o mercado é bem menor, mas bem menor mesmo.





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