terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Fui

Quando entrei na revista IMPRENSA, em 2000, o meu chefe era o Tão Gomes Pinto. Bons tempos. Grande mestre. Em 2003, fui o primeiro a sair no cabuloso passaralho que abriu um dos mais longos e tenebrosos invernos da revista do Sinval. Volltei em 2004, quando o sol surgiu de novo no horizonte. Nos últimos três anos e oito meses 40 edições foram fechadas, cerca de 70 programas "Imprensa na TV" feitos ao vivo, mais de 100 entrevistas gravadas em fita cassete. Esse foi o meu épico pessoal. Oito anos... é tempo demais falando do mesmo assunto, esperando as mesmas efemérides, engolindo sapos cada vez maiores. Enfim, acabou. Ontem foi meu último dia na revista IMPRENSA. O divórcio foi amigável. O amor acabou, mas a lealdade não.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Si, podemos. By Obama

Minha irmã sister Paty acaba de embarcar para Nova Iorque para uma semana de rolê ao lado da mami Eliana. Leva na bagagem duas encomenda do autor deste blog: um punhado de camisteas do Barak Hussein Obama (sim, esses são os sobrenomes dele) e os cinco dvds da sétima temporada do West Wing. Meu feeling diz que as camisetas serão um sucesso por aqui. Afinal, como diria Jabor, "Obama é jazz". Imagino que é só a Paty dar uma passada em um comitê democrata qualquer e pegar, free, um bucado delas. Amigos e chegados que vivem ou passaram pelos states nos últimos meses dizem que o clima por lá é parecido com o Brasil de 1989, Lula lá. A diferença é que, nesse caso, não existe a Globo. A propósito: o slogan do Obama "Yes, We can", é o mesmo do PC Cubano de 1997, quando eue stive por lá. É, ainda, igualzinho ao "Si, podemos" do Chávez e do Evo...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

O professor de Ciências Políticas da UFMG, Juarez Guimarães, é uma das fontes
mais requisitadas quando a política mineira está em pauta. Filiado ao PT, ele é um dos mais bem fundamentados críticos do acordo entre petistas e tucanos no estado. Para Fórum ele deu a seguinte entrevista:



Fórum - Do ponto de vista ideológico e programático, alianaç
Juarez Guimarães -
A boa relação administrativa entre governo do estado e prefeitura é uma tradição do republicanismo. Deve haver sempre um diálogo construtivo, o que não significa identidade política. Eu sou contra a tese da aproximação de identidade do PSDB com o PT. O PSDB é um partido que mantêm relações mais fortes com a classe média e setores elitizados da sociedade. Já o PT é vinculado fundamentalmente aos setores populares e movimentos sociais. Existe também uma diferença muito grande de organização entre os dois partidos. O PSDB é basicamente institucional, um sigla de caciques. Até hoje, fizeram só dois ou três congressos nacionais. O PT, por sua vez, mantêm padrões de organização direta através dos seus diretórios, e uma militância. São fortes também as diferenças programáticas.

A elite mineira sonha com um presidente do estado
Esse aspecto do imaginário coletivo – ter um mineiro na presidência - foi muito bem trabalhado pelo Aécio Neves. A última vez que isso aconteceu, com Tancredo, ficou a frustração (com a morte dele).

O secretário de estado Márcio Lacerda, que é do PSB, um partido “neutro”, foi o escolhido por Pimentel e Aécio. É um bom nome?
Lacerda é um nome desconhecido. Se for o escolhido, o PT entrará dividido nas eleições. Essa opção pode abrir caminho uma candidatura forte de esquerda, como a da deputada Jô Moraes (PcdoB). O cenário seria imprevisível. Mesmo com apoio do governador e do prefeito, nenhum candidato estará automaticamente eleito. Essa avaliação de que Aécio e Pimentel absolvem o conjunto das forças políticas do estado e que quem não fizer parte disso fica a margem é muita presunção.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Elvira Lobato desabafa: "Me senti profundamente agredida"

Em 35 anos de profissão, sendo 23 na Folha de S.Paulo, a repórter especial Elvira Lobato nunca tinha enfrentado, ou ouvido falar, de um massacre como esse a que vem sendo submetida pela ofensiva da dobradinha Record - Igreja Universal, depois que assinou a reportagem "Universal chega aos 30 anos com império empresarial".
Levantamento feito pela Associação Brasileira de Imprensa mostrou que ela tem razão. A enxurrada de processos em escala nacional da Igreja de Edir Macedo contra ela e o jornal é um ataque sem precedentes na história da imprensa brasileira. Elvira, que trabalha na sucursal carioca do jornal, esteve hoje em São Paulo (SP) para conversar com a direção da Folha e com os advogados. Antes de voltar para o Rio, ela recebeu IMPRENSA para a seguinte entrevista: IMPRENSA - Se a enxurrada de processos foi uma surpresa, o que dizer da reportagem da Record do último domingo? Elvira Lobato - Eu só a vi a matéria ontem. Respeito muito o trabalho do repórter. Ele (Afonso Mônaco) me ligou e eu fui delicada e respeitosa. Disse que não podia falar porque isso é uma coisa muito grande. Uma coisa é eu falar com você, que é de uma revista, outra é a TV, que fala com milhões de pessoas. Pedi que ele procurasse o departamento jurídico, porque aquilo seria outra escala. De qualquer forma, eu não imaginava que fosse sair aquela matéria que saiu (domingo, na Record). Aquilo foi uma cosia que me deixou completamente em estado de choque. Me senti profundamente agredida. Mostraram minha foto...isso me entristeceu muito. Eu não imaginava que o jornalista pudesse fazer uma coisa dessas. Jogaram as pessoas contra mim, mostraram minha cara. Qual o objetivo disso? Eu nunca desrespeitei os fiéis, nunca falei que o dinheiro deles é sujo. Sei que eles são trabalhadores limpos. Espero que eles, os fiéis, tenham serenidade. Não sou inimiga da Igreja. Meu trabalho é informar. Eu queria entender porque fizeram aquilo comigo. IMPRENSA - Foi uma surpresa ver o Paulo Henrique Amorim e o Afonso Mônaco apresentando a matéria? Elvira - Olha, isso é uma coisa mais emocional minha. Há momentos na vida de uma pessoa que ela faz coisas que não concorda. Pode ser por necessidade de dinheiro, para pagar o tratamento de um filho que está no hospital. Existem coisas que justificam...Enfim, o tom da matéria não está à altura daqueles profissionais. O que aconteceu? Eles é que têm que explicar. Se fizeram isso por uma questão de sobrevivência, durmam tranqüilos porque eu os perdôo. Mas se não for isso, não consigo perdoar. Colocar meu rosto daquela maneira... Quem trabalha em jornalismo sabe quem eu sou. Tenho 35 anos de trabalho como repórter. IMPRENSA - Como tem sido enfrentar essa avalanche de processos no Brasil inteiro? Você tem se deslocado para participar das audiências? Elvira - A ABI (Associação Brasileira de Imprensa) examinou os processos e disse que esse é um caso único, sem precedentes na história do jornalismo brasileiro. Eles entraram contra mim e contra a Folha em juizados especiais, também chamados de juizados de pequenas causas. Nesse tipo de instância eu, como pessoa física, tenho que estar presente. Isso seria inviável, porque, em alguns casos, tem duas audiências no mesmo dia em lugares completamente diferentes. A Folha se faz representar. Não é que o caso está correndo à revelia. Estamos cuidando de todos. O jornal nomeia um jornalista ou chefe da região que vai junto com os advogados. Isso exige uma logística inacreditável de advogado para cima e para baixo.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Queridos Amigos




No primeiro capítulo da sofisticada microssérie "Queridos Amigos", que estreou ontem, na Globo, uma turma
das antigas se reencontra para celebrar os velhos tempos. A trama gira em torno de um dos amigos que está doente e com data marcada para morrer. Emocionante. O grande encontro da velha guarda que se amava tanto rola no ano de 1989, portanto 21 anos depois do do mitológico ano que não terminou, 1968, quando todos tinham sonhos, aspirações e outras coisas mais que sumiram com o tempo. Eu nasci em 1975, mas, apesar da pouca idade na época, tenhos profundas lembranças de 1989, especialmente do romantismo do Lula-lá. Mas isso não vem ao caso. Decidi escrever este post depois de uma cena em especial, quando a galera se junta na sala para assistir a uma vídeo e ver as fotos de um dos reveillons que os velhos amigos passaram juntos em Parati.
Ah...Parati. Meus velhos amigos não enfrentaram a ditadura, não pregaram o amor livre e não chaparam ouvindo os Beatles e o iêiêiê. Mas uma coisa eu garanto: desde 1998 passamos momentos inesquecíveis em Parati. Tenho certeza daqui uns 10,15 ou 20 anos, quando olharmos fotos como essa do reveillon de 2007 para 2008 no sítio Bela Marina, em plena Rio - Santos, sentiremos a mesma saudade dilacerante dos protagonistas da mini novela da Globo. Amos todos vocês que curtiram carnavais, Flip´s, reveillons e outros feriadinhos e feriadões saboreando as maravilhas da culinária marítima do meu papito PT (Paulo de Tarso para os não iniciados): Na foto Beto Lima, Beta Lima, Márcio Taquaral, Dri Venceslau, Marcelo, Kelly, Marcão, Thereza Cristina, PT, Eliana, João Venceslau e Fabiana. Fora da foto: Paty, Fábio, Flávia Brunetti, Paulinha Cabrini, Fernanda Foca, Fernanda Loira, Gustavo Petta, Hiassa, Carol, Chiquinho...

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O ventilador de Reinaldo Azevedo

O título já está definido, mas não pode ser revelado. O conteúdo idem. Só uma coisa é certa: em julho (no máximo agosto) o polemista Reinaldo Azevedo vai tirar o sono de muita gente com seu novo livro. Está combinado que a primeira entrevista será para...a revista IMPRENSA, claro.

1808: Hipólito da Costa e o DNA venal

A imprensa brasileira já nasceu venal. Esta uma das conclusões da longa entrevista que eu e a repórter Angélica Pinheiro fizemos com Laurentino Gomes, autor do best-seller "1808", da editora Planeta. Para os não iniciados: o Correio Braziliense foi o primeiro jornal brasileiro "independente". Pena que era editado em Londres. Depois da chegada da corte, o jornal entrava como contrabando no país. "Mas pesquisas recentes mostram que Dom João lia todas as edições. E gostava", informa Laurentino. Em determinado monento, o editor Hipólito da Costa ficou sem grana e fez uma proposta ao rei. "Dom João compraria um determinado número de exemplares (garantiria uma circulação), além de um subsídio. Em troca, o editor manteria as críticas sobre controle. Há uma grande polêmica se o acordo se efetivou, mas a negociação existiu. E foi Hypólito que pediu. Os leitores jamais souberam".

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Um pensamento

"Para citar o ex-presidente Sarney, não são só os cargos que têm uma liturgia: as viagens oficiais também. E ninguém pode imaginar que um ministro brasileiro tome uma decisão estratégica, que envolve alguns bilhões de dólares, porque lhe serviram um caviar de boa qualidade. Isto é minimizar as pessoas (ou, pior, significa que os repórteres aplicam a autoridades o comportamento que, em situação idêntica, julgam que teriam)". - Carlos Brickman

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Gianinni no UOL

Graaande notícia. Meu amigo Alessandro Gianinni, um dos melhores cronistas do cinema nacional, deixou a SET, onde era editor, e foi para o UOL, onde será editor do canal de cinema.

Nassif X Veja

De um lado Diogo Mainardi, Reinaldo Azevedo e Leonardo Attuch. Do outro Luís Nassif. Adoro estes duelos blogosféricos. A turma da Veja retomou a velha acusação de que Nassif foi demitido da Folha, onde tinha uma coluna e era membro do conselho editorial, em função de sua suposta relação com o banco Opportunity. Por que o revival? Sei lá. Só sei que, coincidência ou não, Nassif iniciou recentemente uma série de reportagens para entender como é produzido o jornalismo da Veja...Só porrada. Resumo da ópera: mandei para Otávio Frias Filho, diretor da Folha, uma singela pergunta para acabar com o mistério: por quê a Folha demitiu Luís Nassif?
Em tempo: nesta quarta eu, Glauco Faria e Renato Rovai entrevistaremos Nassif para a revista Fórum.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Prático, teórico e psicotécnico

Quatroze anos depois de ser reprovado uma vez no exame téorico e três no prático, chegou a hora de tentar novamente. Nesta sexta fui aprovado com louvor no psicotécnico: acertei 40 de 50 questões. A média que aprova, só para constar, é 25. No exame médico tudo também aconteceu maravilhosamente bem. Segundo começa o curso preparatório (e obrigatório) para o exame teórico. Serão seis aulas consecutivas - de segunda a sábado- 19hs ás 23:30. Não tem como fugir. É como se fosse prisão domicialr; na entrada tens que enfiar o polegar em um leitor ótico. Na saída idem. Tremendo intensivão. Depois serão quinze dias de aulas práticas pelas idílicas ruas do Pacaembú, sempre a bordo de um gol amarelo. Até que, enfim, chegará o grande dia, do exame prático. Me disseram na Auto-Escola que, por R$ 400,00, o mocinho do teste garante aprovação. Achei caro, já que todo esse processo está me saindo por R$400 em quatro suaves prestações.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Leite, cabelo e confete

Coitado do jornalista Chico Pinheiro. Se já é ruim trabalhar no carnaval, imagina trabalhar comentando os desfiles das escolas de samba de São Paulo...Deu dó de ver a turma da Globo paulista se desdobrando para fazer comentários inteligentes diante de enredos tão estúpidos como “sorvete” e “cabelo”.

Por R$ 3,000,00 Thalita vai na sua festa

Ela só deu vexame no BBB; forçou o choro o tempo todo, pediu para sair diversas vezes e, por fim, foi sumariamente eliminada. Isso sem falar no fato que ela não é, digamos, nenhuma beldade. Ainda sim, a bartender e “atriz” Thalita Lippi se julga uma celebridade. Está, enfim, se achando. Assim que saiu da casa, moça contratou um escritório de assessoria de imprensa. E, pasmem, já cobra cachê para ir em festas. Sabe de quanto? R$ 3,500,00. O release da aspirante a famosa diz: “Inteligência e bom humor são algumas das características marcantes da BBB". Será? O fato é que dentro de poucas semanas, quando o BBB começar a pegar fogo, ninguém mais vai lembrar dessa tal Thalita... Em tempo: Thalita é filha da ex-atriz da Rede Globo, Nádia Lippi, e neta do cineasta Nelson Pereira dos Santos, que dirigiu o filme "Vidas Secas" (1963), entre outros.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Bar Brahma e o malandro agulha

Depois de sondar as opções paulistanas para curtir a folia sem muvuca na segunda de carnaval, fui com um grupo de 15 amigos que abdicaram da praia para o antológico Bar Brahma, na esquina da Ipiranga com a São João. A idéia de pagar R$ 80 homens e R$ 50 mulheres com direito a open bar ("whisky, chopp e todos os petiscos da casa", segundo a casa) e banda ao vivo agradou a todos. A noite valeu a pena, apesar da pujança de gente feia. A nota triste da noite foi a malandragem do Brahma, que mentiu descaradamente na hora de vender os igressos. Primeiro: disseram que o convite dava direito "a todos os petiscos da casa", mas só serviram sanduba de mortadela e pastel de queijo. Na hora de pagar a conta, a surpresa: em vez dos R$ 80, cobraram R$ 88. "Tem os 10% do garçom", explicou, grossamente e com cara de enfado, a mocinha do caixa. A turma da fila (pelo menos os que não estavam caindo pelas tabelas) ficou irada. Oras, open bar é open bar. E ponto.