quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Padre Julio, o desfecho

No último dia 25 de janeiro, o arcebispo emérito de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, estava se preparando para o início da missa em celebração ao aniversário de São Paulo quando avistou, na entrada do clero, seu afilhado, padre Júlio Lancellotti. Apesar da saúde debilitada, fez questão de levantar para cumprimentar seu discípulo e amigo. Apenas uma jornalista presente notou este detalhe: a repórter Angélica Pinheiro, da revista IMPRENSA.
Definitivamente, o padre Júlio não estava entre as pautas dos setoristas escalados para trabalhar no feriado prolongado. Mas devia estar. A qualquer momento, o juiz Caio Farto Salles, da 31º Vara Criminal de São Paulo, na Barra Funda, pode promulgar a sentença que vai definir de uma vez por todas se o padre foi vítima de extorsão. Desde que foi encerrado, em oito de novembro, o inquérito policial repousa na mesa do magistrado à espera de uma sentença. Para refrescar a memória: o inquérito policial concluiu que o padre foi, realmente, vítima de extorsão das quatro pessoas presas preventivamente após denúncia que o próprio Lancellotti fez, em agosto deste ano, quando extorquido em cerca de R$ 80 mil. Concluído o inquérito, a polícia indiciou, portanto, o ex-interno da antiga Febem Anderson Batista, 25; sua mulher, Conceição Eletério, 44; e os irmãos Evandro e Everson Guimarães. Além desses, a polícia investiga Marcos José de Lima, conhecido de Batista, também acusado de chantagear o padre.

Angélica acompanhou todas as aparições públicas do padre desde 21 de dezembro, quando foi realizada a tradicional ceia anual que precede o “Encontro do Povo da Rua”. No dia seguinte, 22 de dezembro, o presidente Lula foi ao encontro, como faz desde que o evento foi criado, há cinco anos. A imprensa noticiou o fato, mas não mencionou o inquérito. Também não reparou que aquele foi o segundo evento, em menos de quatro meses, em que o padre foi recebido pelo presidente diante das câmeras. No entorno de Júlio Lancellotti, a expectativa é que o juiz condene a quadrilha. Só quando isso acontecer, o padre, que nunca fugiu de jornalista, vai começar a falar. Será o momento, enfim, da reação.

Para IMPRENSA, Dom Odilo Scherer disse que a Igreja estuda pedir reparações após a conclusão do inquérito. Parou por aí. Não disse nem qual, nem quem. A posição de Dom Odilo, porém, tem um grande significado simbólico. Depois de resistir em silêncio - por orientação de seu advogado – durante seis meses, Júlio Lancellotti vai reaparecer mais forte que nunca, cercado de amigos, fiéis, entidades, ONG´s. partidos políticos e jornalistas simpáticos à sua causa. Se isso acontecer – e eu aposto que sim – a imprensa sentará no banco dos réus: houve um linchamento? Uma segunda “Escola Base”?

Mas nem a vitória, nem a derrota encerrariam o caso. Existe um outro inquérito em andamento, onde o padre é acusado por uma suposta ex–funcionária da Casa Vida, que por ele é coordenada, de assédio sexual a um menor. Esse desfecho ainda vai demorar ou pode nem acontecer por falta de provas. Até lá, um grupo de trabalho cuidará da comunicação e da estratégia. A trincheira é um site (www.padrejulio.com.br), que serve como referência para os fiéis e amigos. São as cenas dos próximos capítulo dessa história baseada em fatos reais

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

E o Kiko?

Hoje me mandaram fazer uma matéria de quatro páginas sobre "saneamento básico". Detalhe: a pauta é para a revista IMPRENSA...

Luize Altenhofen, jornalista por esporte

Por Marlon Maciel

Ela é modelo consagrada, foi Miss Brasil, apareceu em mais de cinqüenta capas de revista (sendo duas na PlayBoy), é garota propaganda da Skol, foi apresentadora de TV ao lado de Milton Neves, estrela do “Domingão do Faustão” e ainda é surfista de primeira linha. Apesar do currículo extenso e variado e das muitas ofertas de trabalho, o que Luize Altenhofen quer mesmo da vida é ser jornalista. Em 2008, Luize vai encarar o penúltimo ano do curso de jornalismo da Faculdade Anhembi Morumbi, em São Paulo. Aluna dedicada, nunca foi reprovada em nenhuma matéria, apesar da agenda corrida. “Eu quero me especializar em jornalismo esportivo”, conta. Não é para menos. Seu primeiro emprego na TV foi como repórter e apresentadora dos programas “Rolê” e “Zona de Impacto”, da SportTV, função que a “obrigava” a viajar o mundo atrás de pautas radicais, como as ondas gigantes do Havaí. Atualmente, Luize está na Band, onde apresenta o “Band Sport Clube”, que abrange todas as modalidades esportivas. “O programa é apresentado ao vivo todo sábado à noite, então, vou a São Paulo dois dias antes para gravar os off’s, preparar as matérias com os editores”, conta, já familiarizada com os jargões da nova profissão. Como se não bastasse, a foca Luize, nas horas vagas, ainda administra uma pousada à beira mar na praia de Itamambuca, em Ubatuba, no litoral de São Paulo. E pretende montar outra em Maresias ainda esse ano.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Uma pergunta

Essa é só para quem viu o filme. Se João Guilherme Estrella, o "Johny que não é Johny", fosse negro, pobre e favelado, a sentença da juíza seria a mesma?

O prêmio nosso de cada dia

Água, paz, PAC, mulheres, energia elétrica...Entra ano, sai ano, e lá vamos nós de novo inventar um jeito diferente de falar sobre os prêmios da casa.

A coisa tá Preta

Preta Gil não fala nem legisla em causa própria, mas em nome de todas as brasileiras que não são magras. A atriz-cantora-modelo-filha- do-ministro abraçou a causa e levantou a bandeira: chega de sacanagem com as gordinhas. Em outros tempos ela nem ligaria, mas como está em um daqueles dias de "tolerância zero" ficou irada e promete processar os rapazes do "Pânico na TV", que colaram nela um adesivo de "Não Vou". Dei uma pssadinha pelo blog dela e de lá fiz um control C da seguinte frase, uma pérola da blogosfera:
PS: os erros são por conta dela ...

"(...) um jornalista de um site pegou pesado e me chamou de Baleia e etc..... esse me ofendeu muito é resolvi processá-lo.A Rafaela Fisher fofa, uma menina que é amiga de muitos amigos meus , que nem amiga minha é, comprou minha briga por causa da capa da Flash e escreveu uma carta pra uma coluna de um renomado jornal carioca, expressando sua indignação com o pré conceito que ela sentiu com a capa da revista. Basicamente ela condena esse padrão de beleza da magreza.Eu não preciso escrever e nem falar mais uma vez o que penso sobre isso.A única coisa que quero dizer e escrever daqui pra frente é que as pessoas me RESPEITEM não irei mas aturar piadas que tenha como intenção me diminuir pelo fato de não fazer parte dos padrões de beleza impostos pela mídia de consumo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!Não irei mais tolerar piadas de mau gosto me chamando de gorda ou algo parecido,Acho um desrespeito não só comigo mas com todas as mulheres brasileiras que de fato não são magrasssssssssss, é um afronte a auto estima das mulheres eu continuar sendo foco dessas piadas!Hoje o Pânico fez uma matéria mais uma vez ironizando o meu caldo e de maneira explicita me chamando de gorda, em outros tempos poderia ter achado graça, mas eles me pegaram num momento onde minha tolerância esta baixa!!!!!!!!!Enfim é o que tem pra hoje!!!!!!!!! Meu advogado vai ter bastante trabalho daqui pra frente!!!!!!!!!!!!
Mil beijos
Preta"

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

O roteirista é essencial para programas como o "Pânico", diz Rosana Hermann

Se a jornalista Rosana Hermann morasse e trabalhasse nos Estados Unidos ela certamente estaria em greve. Como roteirista e "pauteira" do "Pânico", Rosana foi a "inteligentzia" por trás das tiradas geniais que transformaram a trupe comandada por Emílio Surita no maior sucesso humorístico da história recente da TV brasileira. Seu trabalho, entretanto, não é tão reconhecido por aqui como seria nos Estados Unidos, onde até mesmo apresentadores de talk show, como David Letterman, preferem sair do ar a viver sem roteiristas.
Na tarde de ontem, a TV Bandeirantes anunciou que Rosana Hermann seria uma das novas contratadas da casa. Pena que não seja para fazer humor em tempo integral. A nova função de Rosana é ser a editora chefe do "Atualíssima", programa feminino e vespertino, comandado por Leão Lobo. Por e-mail, Rosana Hermann deu a seguinte entrevista.


IMPRENSA - Até onde as tiradas do "Pânico" são espontâneas? Os roteiristas são a alma do programa?
Rosana - Boa parte do trabalho dos integrantes do "Pânico" é feito em cima do improviso, durante a captação. Mas o roteirista é essencial para o programa, tanto no visível quanto no invisível. Mas mesmo assim existe um pré-roteiro e uma pauta anteriores, que dizem quem vai aonde, fazer o quê. Ninguém chega numa gravação sem saber o que vai fazer ou aonde quer chegar. Existe uma reunião de pauta, com participação de todos, onde cada idéia é definida. A idéia é então descrita num roteiro de pré-gravação, que entra em produção.
Depois de captadas as imagens, o roteirista também trabalha na edição, para costurar com o editor a estrutura da matéria, fazer offs. Há quadros que são todos roteirizados, com banda de áudio e vídeo. Há quadros que só precisam de costura e de offs do Emilio. Há programas, como as "retrôs", que são feitos com o editor e o roteirista, apenas. Tem de tudo. Mas o roteirista é indispensável em qualquer programa profissional.

IMPRENSA - Qual seria, no Brasil, o cargo que mais se aproxima do típico roteiristas norte-americano: produtor, editor-chefe, redator...?
Rosana - Aqui no Brasil muitos produtores dirigem as externas, mas não escrevem. Seriam "roteiristas ao vivo". O editor-chefe também é um criador. Ele roteiriza a edição das matérias, mas chama o roteirista para escrever os offs e para ajudar a dar idéia de como montar o material. Digamos que o editor e o produtor também criam seus roteiros de trabalho. Mas aqui no Brasil, pouca gente gosta de sentar e escrever. Quase todo mundo prefere "falar" do que escrever.

IMPRENSA - No Brasil, os talk shows são dependentes dos roteiristas, como nos EUA (Leno, Letterman...)?
Rosana - Um talk show como o do Jô Soares usa muito o roteirista para a abertura, o editorial e as supostas "piadas" do "abre". E também para organizar a apresentação dos convidados, descrevê-los, etc. Digamos que a existência do Tele Prompter é a prova viva da existência do roteirista e do redator. As pessoas não conhecem o trabalho destes profissionais. Mas o roteiro é um elemento que une técnica e produção, uma espécie de denominador comum para que todos saibam o que estão fazendo.

IMPRENSA - Qual o perfil do seu novo público-alvo?
Rosana - Ainda não sei. Esta é uma das primeiras coisas que vou conversar quando começar o trabalho no dia 1º de fevereiro. Mas acho que são todas as pessoas que, como eu, adoram novidades e notícias para viver uma vida "atualíssima".

Marcelo, o psiquiatra

Você sentaria no divã de um psiquiatra que passou pelo Big Brother?. Eu não. Psiquiatras vaidosos e egocêntricos existem muitos, apesar da profissão exigir uma certa dose de recato. Agora, psiquiatra com diploma de BigBrother eu nunca vi. Minha esposa Adriana, que adora BigBrother e é psicóloga, fica constrangida, quase corada, quando Marcelo Arantes, o psiquiatra do BBB, entra em cena. Além de ser um mala do tipo "babão", Marcelo passa o dia dando conselhos, fazendo cafuné, ouvindo desabafos. Será que ele vai abrir um consultório depois do programa? Fiquei sabendo que, antes de ser médico, Marcelo estudou jornalismo. Uns dizem que foi na PUC, outros na USP. Se jornalista fosse o gajo, qual seria performance? Além de BBB, psiquiatra e quase jornalista, Marcelo é fã de Coca-Cola, Ipod, Nelson Rodrigues e São Jorge. Pelo menos é isso que diz sua página no Orkut.

PS: Eu não assisto BigBrother, jamais assistiria. Prefiro acompanhar ao vivo pela Internet...

A promoção é um sucesso

Extra, extra, extra. O blog já está quase completando um engradado. A promoção do departamento de marketing do blog "troque seu post por um chopp" é retumbante sucesso.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Finalmente o comentário tá liberado

Karina Padial, gênia da tecnologia e estagiária da IMPRENSA, descobriu porque o número de comentários estava tão baixo. Tinha lá um campo preenchido errado no cadastro que só permitia emails do gmail. Mas agora seus problemas acabaram. Pode postar seu comentário sem barreiras. A promoção "Comente e ganhe uma cerveja" continua.

Na Band, Boris Casoy será meio paulista, meio nacional.

Depois de curta temporada na confusa e improvisada TVJB, Boris Casoy finalmente fechou contrato com uma grande emissora. Em março, o “âncora” mais famoso do Brasil estréia na Band, junto com a remodelada grade de programação da emissora. O anúncio foi feito hoje, durante um almoço para jornalistas e mercado publicitário no restaurante Leopoldos, em São Paulo. Durante o evento apenas uma estrela foi mais assediada que Casoy; Daniela Cicarelli, que terá um programa só seu aos domingos.

Ao contrário do que se especulava na blogosfera televisiva, Boris não será a estrela do horário nobre da Band, que continua com o bem sucedido trio Ricardo Boechat, Mariana Ferrão e Joelmir Beting. “Se precisar eu faço (parte da bancada). Eu gosto desse formato da Band, mas não existe nada combinado nesse sentido”, explica Boris.

Pela primeira vez na carreira, o consagrado âncora vai encarar o público vespertino. Seu programa ainda não tem horário definido, mas será no começo da tarde. “Não conheço o perfil, mas tem muita gente que assiste telejornal na hora do almoço. Sei que é um horário bem diferente. Supostamente esse não é o público que me assiste diariamente”.

Além do horário, o formato do programa de Boris será completamente diferente do convencional. “Será dividido em dois blocos de meia hora. O primeiro será nacional e terá o formato de um telejornal jornal convencional. O segunda vai só para o Estado de São Paulo, com entrevistas e debates. Tudo com enfoque do ano eleitoral”. Sobre a antiga casa, Boris diz que só guarda boas lembranças. “A TVJB foi um projeto ambicioso que não se realizou por razões comerciais e desacordos com a CNT, que locou os horários. Os cronogramas comerciais acabaram não se concretizando. Mas foi um período fértil. Mesmo sem grandes recursos fizemos um bom trabalho. Tenho boas recordações da TVJB”
Vespertino na TV, matutino no rádio. Além do telejornal, Casoy também estará nas manhãs da rádio BandNews.

Sobre BamBam, Rafinha e o fim da fórmula do BBB - parte 1

Nem parece que oito anos se passaram desde a estréia do "Big Brother". Lembro como se fosse ontem do bombado Kleber BamBam fazendo juras de amor eterno para uma boneca de vassoura e lata de nome Maria Eughenia. Na penúltima última semana, quando a disputa pegando fogo, um dos derradeiros competidores da casa teve a infeliz idéia de roubar a boneca do rapaz. Resultado: ele desandou a chorar feito um bebê e deixou o Brasil inteiro morrendo de dó. Ganhou, é claro. Bons tempos. Apesar de ter atingido o estado da arte no quesito edição, o oitavo BBB vem dando sinais crônicos de fadiga. Não estou nem falando da audiência, que está bem abaixo das expectativas. O problema maior é a falta de química e de contraditório. Todos os confinados são "ratos" de BBB, desses que compram payperview e varam a madrugada vendos a turma dormir e esperando um pum que seja. Sabem, portanto, que tem de fingir o tempo todo, talvez por isso fiquem de óculos escuros em tempo interal.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Escreva um comentário, ganhe uma cerveja

Extra, extra. Não perca a grande promoção de lançamento do Blog. Na luta para chegar ao segundo comentário o depto de MKT do blog lançou uma promoção sensacional. Quem fizer um comentário, ganha uma cerveja Original gelada (ou um chopp).
Não perca tempo

Ana Fadigas fora da gaveta

A jornalista Ana Fadigas trabalha muito, apesar do sobrenome (credo, que trocadilho horrível...). Ela foi a fundadora da revista "G Magazine" e abriu caminho para a criação e consolidação de um mercado editorial gay consistente no Brasil. Visitei Ana na redação da "G", em São Paulo. A conversa fluiu, a fita acabou e boa parte da entrevista acabou, como sempre, indo para a gaveta.
Confira um trecho inédito:


Foi complicado conseguir anunciante no começo da "G"?
No início não tinha nem vendedor. O pessoal da própria "Sexy" (outra revista fundada por ana Fadigas) ia atrás de saunas, boates...A primeira revista veio carregada de preconceito, até meu. Ao colocar o primeiro homem nú, eu falei: ‘Não, pênis ereto não! Vai chocar muito’.

Qual foi o primeiro ensaio?
Eu não lembro. Mas o primeiro famoso foi o Mateus Carrieri, que mudou a vida da revista.

Você ficou constrangida no primeiro ensaio?
Não, eu nunca participei. Eu estragaria tudo, ia querer dar palpite; 'põe a bunda para lá, põe a bunda para cá' (risos).

Qual a maior dificuldadede em fazer o nú masculino? É a ereção?
Nas primeiras vezes, eu tinha sensação de que estava fazendo uma revista mais pra mulher mesmo, apesar da minha ligação com esse universo gay muito forte. O pai dos meus filhos é gay, então eu tinha uma ligação carinhosa, de proteger. Mas aí eu entendi que pinto é pinto, e tem que estar duro.


Qual foi o grande momento e o pior momento?

O grande momento foi quando o Vampeta saiu (pelado). Saímos com uma tiragem muito acima de 100 (mil). Hoje o mercado é bem menor, mas bem menor mesmo.





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Duda Litlle

Quem não se lembra da Duda Litlle, a garotinha serelepe que atuava como "repórter mirim" da Xuxa. Na época, diziam que ele levava jeito e que, em pouco tempo, estaria brilhando na Globo em alguma novela. Depois da Xuxa, ela bem que tentou e chegou a gravar uns dois ou três filmes dos "Trapalhões". Mas aí mudou de rumo e de ramo. Fiquei surpreso quando soube que ela virou jornalista de mão cheia (com diploma e tudo). E que está bilhando nos bastidores, como editora do SBT.

Boris na Band

Extra, extra, extra. Boris Casoy será a estrela do almoço da Band que acontece amanhã, no restaurante Leopoldos, com a finalidade de apresentar a nova programação da casa. Ele não confirma, nem desmente. Mas eu garanto. Justiça seja feita; o furo é da brilhante repórter Marina Dias, do glorioso Portal Imprensa. Amanhã, com a pança cheia, conto mais detalhes.

Debora Seco chove no molhado

Li essa nota no Portal Imprensa. Já veio com com o trocadilho embutido. "Pai de Debora Seco preso na operação "Águas Profundas". Mas chega de chover no molhado. Hoje foi dia de "Imprensa na TV", o nosso bom e velho programa da Alltv, que faço religiosamente toda terça há pelo menos dois anos. A audiência, como sempre, foi arrebatadora; quatro pessoas apareceram no chat para "interagir" comigo e com minha eterna parceira Thais Naldoni, do Portal Imprensa.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

A (in)glória palestra de Glória Maria

"Como ser líder em seu tempo". O tema da palestra foi escolhido a dedo pela ilustre palestrante, a jornalista Gloria Maria. Na última quarta feira, dia 24, cerca de duas mil pessoas compareceram a sede da Associação Desportiva da Polícia Militar de Taubaté para ouvir de perto o que a apresentadora do "Fantástico" tinha a dizer.
O evento, que fez parte da série "Idéias e Negócios 2007", foi organizado pela Associação Comercial e Industrial da cidade, uma das maiores do Vale do Paraíba, em São Paulo, com o nobre intuito de "melhorar o conhecimento dos associados". Alexandre Andrade, assessor de comunicação da entidade, explica melhor: "Chegamos ao nome da Glória através de uma agência de palestras da qual ela faz parte. A idéia do tema foi dela".
***
A imprensa local foi convidada a chegar mais cedo para uma (concorrida) entrevista coletiva. No horário marcado, às 19h20, o batalhão de repórteres credenciados (entre eles representantes da TV Vanguarda, retransmissora da Globo) já estava a postos para sabatinar a globe troter dos domingos.
Mais de uma hora depois, chega a informação: Glória não chegaria a tempo de conversar com os colegas. Paciência. O jeito é assistir à palestra como todos os mortais que pagaram R$ 90 (associados e estudantes) e R$ 180 (não associados e não estudantes). "Esse preço, na verdade, vale a entrada em três palestras, sendo a de Glória Maria a segunda", esclarece o assessor Andrade.
***
O relógio marca 20h30. No auditório lotado, o público começa a perder a paciência. Nada de Glória Maria. Eis que um dos repórteres que levou o cano na coletiva decide animar a platéia. Depois de conversar com a produção, Vinicius Valverde, da TV Vanguarda (ele também é repórter do "Big Brother Brasil"), recebe cartão verde e sobe ao palco. Faz piadas, imita Silvio Santos, responde a perguntas da platéia, fala sobre o "BBB"...Um sucesso.
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Com mais de duas horas de atraso, finalmente Glória aparece no palco. Valverde se despede do público e é ovacionado. Depois da palestra, ele será o único privilegiado a entrevistar a palestrante, convidada de honra de seu programa, o "Papo Vanguarda".
A estrela da noite aparenta estar nervosa. De cara, explica que chegou de Paris e teve que passar pelo Rio antes de pegar a ponte aérea, a Dutra e a Carvalho Pinto. Dura é a vida das estrelas. Antes de começar a falar sobre liderança, ela logo avisa: "Não perguntem minha idade". Aparentemente, ninguém ali estava interessado nisso, mas tudo bem.
Enfim, chegou a hora de falar sobre "Como ser líder em seu tempo". A conferência começa com uma longa explanação sobre o início da carreira e as dificuldades de ser uma das primeiras mulheres a brilhar no jornalismo brasileiro. Ok, mas e aquele papo todo sobre liderança?
***
Enfim, o telão do auditório entra em ação. Trechos de reportagens antigas exibidas no Fantástico são apresentados para o público. Alguém comenta: "Mas eu já assisti isso...Onde ela quer chegar?". Nervosa, a apresentadora do "Fantástico" erra várias vezes a ordem das fitas. Depois de cada matéria, comentários, Glória tenta linkar os bastidores das reportagens ao tema "liderança". A platéia reage mal e começa a ir embora. "Na Mongólia, tive que me comunicar por gestos porque ninguém falava inglês". Ok, mas e a tal liderança?
***
No dia seguinte, apenas um jornal da cidade, o semanário Contato, registrou o mico de Glória Maria. Os outros, apenas registraram friamente o evento. Devo dizer que a referida publicação pertence a meu pai, Paulo de Tarso, que não estive presente no evento e que essa história me foi relatada com minúcias pela competente repórter taubateana Luara Leimig.
O mesmo jornal contou que ouviu nos bastidores o valor que a apresentadora do "Fantástico" teria cobrado: R$ 45 mil. Liguei para os organizadores para conferir. "Não passou nem perto disso. Não sei de onde tiraram essa informação", disse o assessor Alexandre Andrade, que preferiu não abrir o jogo. Quando questionado sobre a qualidade do falatório vazio de Glória, Andrade responde. "Acabamos de tabular uma pesquisa, feita através de um formulário que entregamos às pessoas na palestra. 92% disseram que foi bom ou ótimo e estava de acordo com o tema proposto. Apenas 6% acharam regular". Quantas pessoas responderam? "Não tenho aqui a quantidade exata, mas recebemos mais ou menos 400 formulários".
Vale lembrar que cerca de 2 mil pessoas pagaram (caro) para ouvir Glória. Na semana anterior, foi Luxemburgo quem deu o ar da graça em Taubaté. O tema: "Sua empresa, seu time". A repórter Luara (sempre ela) também esteve lá e conta alguns dos valiosos conselhos do técnico do Santos: "Se eu tiver que escolher entre meu pai e eu, que morra meu pai", "Nada resiste ao trabalho", "Pense positivo".

O dia que tirei a barriga da miséria

Trufas Negras - U$ 6 mil o quilo. Whisky “The Macallan” safra 1926 – 12 mil libras. Ser convidado para uma degustação no Fasano sem entender nada de comida, nem de bebida – não tem preçoTudo começou com uma garrafa de Whisky que apareceu na minha mesa da redação. Grande mimo. “Famous Pedro” dizia o rótulo. Junto da garrafa, um convite irrecusável: “Aguardamos você às 21hs, no Fasano, para degustar um típico Fasn Ur – gastronomia Fashion em gaélico – com harmonização dos whiskies “The Famous Grouse”, pelo drammolier Richard Prendiville e gastronomia de Slavatore Loo, com consultoria de Manoel Beato”. Não entendi nada, mas adorei. Como diria Bebel: “Deve ser um evento de “catiguria””. Ainda mais para quem está acostumado a harmonizar X-Egg com Fanta na esquina da Major Sertório com a Amaral Gurgel. Nove horas em ponto eu estava no Fasano. Sempre quis conhecer a Meca da granfinagem paulista. Um luxo só. Ao todo, dez jornalistas foram convidados para o rega bofe. Todos de revistas e jornais especializados em luxo, gastronomia ou afins: Vogue, Taste, Gula, Valor... Não sei como me enfiaram nessa, nem quero saber. Além dos dez colegas, estava presente um legítimo escocês, o tal “drammolier”, ou o “sommelier” de Whisky. Para os não iniciados: sommelier é o cara que ganha a vida experimentando vinho, mas não é alcoólatra. Geralmente eles cheiram, fazem gargarejo e depois cospem de volta. É chique, mas é um nojo. No caso do Whisky, não tem essa história. Ainda bem. Além do “drammolier”, um degustador profissional e um representante da “Famous Grouse” no Brasil participaram da farra. “Famous é o whisky mais popular e vendido na Escócia, mas pouca gente sabe disso no Brasil. Não fazemos grandes campanhas, como o Jack Daniels”, explica o assessor. Finalmente entendi a idéia daquele jantar: a marca centenária está se expandido. Ok, legal. Mas quando chega a primeira dose? Mais conversa: “Temos o melhor puro malte do mundo nos nossos blends. Nosso whisky é envelhecido em barris de carvalho espanhol. Temos a mesma receita desde de 1896, quando nasceu “Famous Grouse”. Aliás, até hoje é a mesma família que comenda os negócios”. Mas o que é um blend? Uma composição de malte com grãos, alguém responde. “Às vezes usam 50 whiskies para chegar a um blend”, comenta outro jornalista. Eu já estava perdendo a paciência quando chegou o primeiro copo da noite. O “welcome drink” foi um 12 anos, com características cítricas, harmonizado com uma lasca de casca de laranja. “No Finest, o limão harmoniza melhor”, diz o degustador profissional. “Brindemos essa whisky experience”, conclama o drammolier gringo. Que maravilha. Desceu suave. Na mesa, salmão e outros quitutes. Algumas doses de 12 anos depois e, finalmente, fomos para mesa curtir uma “gastronomia de autor” para harmonizar com o goró. Começamos com uma “insalata di arancie e nocciole” harmonizada com um Highland Park Spirit, misturado com suco de laranja. “É a água da vida”, sussurra o drammolier. De boca cheia, eu concordo balançando positivamente a cabeça. Chega o segundo prato: “Zuppa di Lenticchie e Baccala” (a popular sopa de lentilha e bacalhau, mas com um toque de gengibre). Na seqüência é servido um “Artic Grouse”, um Famous Grouse Finest resfriado por 24 horas. “Isso resfria o paladar e combina com o calor da sopa”. “Mas isso não trinca o dente?”, pergunto. O drammolier apenas ri, pensando que se tratava de uma brincadeira. Terceiro prato: “fileto de mazo allá rossini com lascas de trufas de negras”. Para beber, um legitimo 18 anos “old malt”, mas com uma peculiaridade: diminuíram a graduação alcoólica para 15,2%. A idéia é aproximar o whisky do vinho. Não gostei. Mas mandei para dentro. Puxo uma conversa, me fazendo de entendido: “Nunca comi, mas adoro trufa”. “Custa U$ seis mil o quilo na feira de Alba. São como cogumelos. Surgem na temporada chuvosa e são caçadas por porcos, que sentem o cheiro. O primeiro aroma é de gás de cozinha”, explica Ênio, editor da revista Taste. “Quanto valem essas lasquinhas?”, penso, em silêncio. Chega a sobremesa: “torta de pistachio com sorbet di frutta di Bosco”. Para beber, “Crimson Crush” – um Famous Grouse Finest com framboesas, licor de framboesa, mel, suco de limão e ginger ale. Supimpa. Terminada a comilança, passamos para a sala ao lado, de estar, para harmonizar charutos com a pérola da noite: “The Famous Grouse 30 anos old malt”. Puro. Sem gelo. Em pequenas doses. A conversa flui como nunca. Pergunto qual é o whisky mais caro do mundo: “O rolls royce dos whiskies é o The Mcallan, safra 1926, envelhecido 60 anos nos melhores barris e vendido por U$ 23 mil libras”. Deu água na boca. “Tens uma dosesinha desse aí?”. Infelizmente, não foi dessa vez. “Quando degustamos comida, usamos todos os nossos sentidos. Com whisky é a mesma coisa. Tudo começa com a apresentação. O copo, o gelo”, declama o apaixonado drammolier beberrão. Maltes, grãos, blends. Robson Monteiro, jornalista e professor da gloriosa Unitau, costuma dizer "que a imprensa em Taubaté é movida a rango". Eu que o diga.

Porque Gugu cai, Tom cresce e o domingo fica cada vez mais infame na TV

Foi bem num domingo que a minha TV a cabo saiu do ar. Sem mais nem menos, puf! Adeus séries, filmes, documentários, campeonato europeu. Como não havia para quem reclamar, o jeito foi dar um pulo na locadora para pegar uma boa "fita". Chegando lá, só velharia. Os bons filmes disponíveis estavam todos colocados em uma estante separada, reservada a um certo Blu-Ray.
A moça do caixa foi logo explicando: "Os DVD´s estão com os dias contados, a onda agora é o Blu-Ray. Ele tem qualidade superior ao atual DVD. Mas o aparelho ainda custa uns R$ 3 mil". De quebra, ela ainda contou que o Blu-Ray tem esse nome porque o feixe de laser para ler e gravar os dados tem coloração azul (blue). No DVD convencional, o laser é vermelho. "Daqui a alguns meses, não vai mais haver DVD convencional aqui na locadora". Assustador. Até outro dia, eu pagava multa quando esquecia de "rebobinar".
Todo esse preâmbulo é para explicar como nasceu a idéia de acompanhar um domingo inteiro de programação na TV aberta. Nas últimas semanas, as colunas televisivas dos jornais e revistas de fofoca ficaram especialmente empolgadas com o avanço da Record e seu "Show do Tom" sobre a audiência supostamente blindada do "Faustão". Falou-se muito, ainda, sobre a queda vertiginosa da audiência do apresentador Gugu Liberato, do SBT. E sobre a crise do excesso de merchandising no "Pânico na TV".
Pior que um domingo convencional é um domingo de fim de ano. O único jogo de futebol disponível em toda programação do dia foi transmitido pela Band: Corinthians X Amigos do Daniel. Não deu para saber de que Corinthians se tratava, mas pelo tamanho das barrigas não era o time oficial que disputará a Série B. Já o outro time pertencia ao cantor sertanejo Daniel. A locução era profissional, com direito a Luciano do Vale. Mas o jogo, bizarro. Parecia pelada de fim de ano da firma.
Zap, zap. TV Gazeta. Um casal animado, sarado e sorridente entrevista uma modelo com roupas sumárias. O GC (gerador de caracteres, para os não iniciados) ajuda a esclarecer o teor da atração: "Samille e Rogerinho entrevistam Karina com vestido cortado". Esse foi apenas um dos trechos do "Dolly Show". Na seqüência, outra modelo aparece tomando banho e rebolando de biquini, ao som da música "Dolly, tome guaraná Dolly. Tome Guaraná, tome guaraná, Dolly. Aprovado...O sabor brasileiro". O GC, sempre esclarecedor, informa: " Bananinha na ducha".
Zap, zap. Rede Vida. Um religioso com a bíblia na mão explica procedimentos bancários enquanto o GC em letras garrafais avisa "Débito automático". Sem comentários.
Zap, zap. RedeTV!. Como ainda é cedo para o "Pânico", o jeito é dar uma conferida no "Late Show", a única atração canina da TV aberta brasileira. Em frente a uma bandeira do arco-íris uma loira falante e teatral faz um discurso sobre a importância dos gays. Ela está em um "Pet Shop" gay, que foi criado para "estimular a diversidade". Lá pelo meio do programa, surge um poodle com sunga de couro e óculos escuros. No comercial, a RedeTV! apresenta o seu clipe de fim de ano, onde todo o casting canta junto o refrão "Esse amor é azul, como o mar azul".
A tarde avança e, finalmente, chega a hora do bom combate. Enquanto Fausto Silva entra no ar na Globo, um sósia com a voz idêntica surge na Record. Trata-se de Fala Silva, apresentador do "Domingão do Falão". O estúdio, as dançarinas, as roupas. Tudo é idêntico ao original. A primeira atração de "Fala Silva" é anunciada: "Com vocês, o maior humorista do Brasil, Tom Cavalcanti...". Depois de meia dúzias de piada infames, é anunciada a segunda atração do dia: "Sandy e Junior". Mas quem aparece é o Tiririca (de Junior) e Tom Cavalcanti (de Sandy).
Zap. Na Globo, um ator famoso vestido de bombeiro acompanha uma operação de verdade da corporação, onde é "registrado um óbito". É visível o constrangimento do ator fantasiado entre os bombeiros de verdade na hora do resgate de um acidente de carro.
Zap. No canal "Shop Tour" um homem de terno fala sobre "os panetones lindos da Ofner". Credo. Zap.
Enfim, Gugu Liberato dá o ar da graça no SBT. Não é difícil entender porque ele vem caindo na audiência. Os primeiros vinte minutos são todos dedicados ao merchandising testemunhal. O pior ainda estava por vir. Vinhetas e comerciais inteiros são exibidos com a presença do apresentador em uma janela no canto da tela, fazendo cara de aprovação. Banco Panamericano, Telesena, Carnê do Baú. Na primeira hora de programa, o SBT mais parecia o "Shop Tour". Quando, enfim, começa de fato o programa, a primeira atração é uma extensa apresentação de nomes de famosos que fazem aniversário naquele dia. Tudo bem simples, no estilo "TV Fama", da RedeTV!.
Zap. Começa o "Pânico". Clipe do Guaraná Dolly (Dolly, tome guaraná Dolly. Tome guaraná, tome guaraná...), Sabrina Sato em poses sensuais em cima de uma moto Suzuki, Surita toma uma Kaiser...Merchan, merchan, merchan e mais merchan. Zap. Volto para a "Shop Tour" em busca de um panetone baratinho. Que saudade da segunda feira...

Enfim, só

Eu ainda não estava completamente bêbado quando elaborei a famigerada lista de resoluções de fim de ano. Lembro, portanto, que o ítem "criar um blog" constava da relação de metas, ao lado de "beber menos", "fazer inglês" e "ler mais". Depois de algumas horas apanhando da Internet e graças ao precioso auxílio da colega e competente repórter Karina Padial, consegui. Enfim, um blog para chamar de meu. Ainda não sei direito que rumo isso vai tomar, mas simbora.