quinta-feira, 14 de abril de 2011

Cordel do Taubaté encantado

Em uma cidade do interior do Brasil existe um prefeito chamado Peixoto. Ele é o típico pau-mandado: obedece às ordens da mulher e atende qualquer demanda de um coronel que o elegeu. Apesar de ser um político fraco - em todos os sentidos - ele tem mania de grandeza e a-d-o-r-a um discurso. Não perde uma oportunidade de mostrar “ôtoridade” e falar “para o povo na qualidade de prefeito”. Sua esposa, a primeira dama, é muito vaidosa e faz tudo para manter as aparências. É também deslumbrada com a condição de primeira-dama e influencia como pode todas as decisões do marido. Não se conforma com a “falta de modos” da filha ao passo que sempre defende o filho homem, um verdadeiro imprestável. Antes que os nobilíssimos adevogados do poder público se mobilizem para (mais) uma ação contra esse hebdomadário, é bom deixar claro: a fábula acima é a sinopse do novo folhetim da Vênus Platinada. Não consta que a trama de “Cordel Encantado”, uma novela-fábula, tenha sido inspirada em alguma cidade localizada dentro de algum Vale de um estado da Região Sudeste. Antes que os maldosos e maledicentes comecem com piadinhas infâmes, é bom esclarecer. O primeiro nome do prefeito Peixoto é Patácio, e não Roberto; A primeira dama se chama Ternurinha, e não Luciana; não faltam modos à filha da primeira dama Luciana; a cidade atende pelo nome de Brogodó; e não Taubaté; o coronel atende pela alcunha de Cabral; e não Ary Kara. E o filho do casal não está empregado em um gabinete do Ministério da Agricultura em Brasília. Mas justiça seja feita também com o prefeito de Borogodó. Ao contrário do outro Peixoto, Patácio não está envolvido em acusações de enriquecimento ilícito, crimes eleitorais, e compra de remédio e merenda com preços superfaturados. Seria um engano dizer que a arte imita a vida e a vida imita a arte?. Olha, se é engano eu não. Mas é um tremendo clichê...

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